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nunca mais é ano novo

na altura que se aproxima ficava apenas com a noite da consoada rodeada dos amigos como é habito, o ver acender do madeiro no adro da igreja, a visita ao presepio, a ida para o espanhol e as escapadelas ao madeiro no "arraial" pra aquecer o rabinho, as musicas de natal nas ruas, o frio, os gorros e cachecóis. tudo o resto punha dentro de um saco e deitava no rio...
Calem se com o raio do "feliz natal", quando passam o ano sem se falarem ou verem, acabem com as filas enormes nas lojas esbanjando dinheiro que normalmente nao têm, escondam sorrisos parvos e agradecimentos ridiculos. Nao gosto do natal, aliás nao gosto no que a quadra se tornou.. num consumismo assustador. tudo se queixa que nao ha dinheiro, todos enchem a boca a falar da crise e a passarem por coitadinhos, mas depois é ve los com carrinhos cheios e cartão de crédito na mao em todas as lojas em que a montra os inspiram.. eu nao tenho dinheiro para presentes, a amizade e o amor dou todo o ano e em especial nesta época que a uniao se evidencia. nao entendo porque é que o natal se tornou sinónimo de dar presentes. mas enfim...
nao quero este natal em particular, porque nao vou ter a presença de uma pessoa muito importante. so quero que estes dias passem depressa e quando der por isso ja esteja no ano novo. normalmente nao sou tao excessiva, embora seja critica sempre em alguns aspectos, mas sei que este ano o meu natal em particular vai ser mais triste.
que o tempo, as horas , os momentos nesta altura passem a voar....
no entanto desejo aqueles que amo, vejo e entrego o meu tempo um feliz natal e um 2009 em grande...

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de volta

os maus dias ou os dias menos bons também passam. as horas que guardamos só para nós fazem nos ver, entender muita coisa. uma boa conversa, a troca de opiniões, o demonstrar aquilo que achamos estar mal, faz com que a sombra negra se afaste... assim espero..

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adeus

nao é um adeus definitivo de quem nao espera voltar... resolvi parar apenas por um tempo ( espero eu) de escrever por aqui. os meus rascunhos ficam registados numa qualquer folha de papel espalhada por este quarto e apenas partilhá los comigo mesma..
aos que ainda perdiam algum tempo a ler este blog peço desculpa..

ate qualquer dia...

jay

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"eu nao sou tao triste assim... é que hoje estou cansada"


o vento leva me a força e tras de volta o cansaço, a inquietude de saber que algo nao está bem...

por entre fisgas entram pensamentos à velocidade de um sopro. sobre tanta coisa: vida, amor, saude, saudade....

so quero que isto passe depressa e o vento me traga de volta o meu EU....

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fim de tarde




de inverno...


a brisa fresca e leve toca lhe no rosto, sente que alguem lhe envia algo. faz o que tem por habito todos os fins de tarde. o banco do jardim de frente para o rio, debaixo daquela arvore . o banco espera a como se de um amigo se tratasse. senta se e encolhe as pernas para que o queixo se pegue com os joelhos. a sombra que ultimamente a tem visitado ja a espera. ela sente que tem aquela companhia está ali apenas para a ouvir. o silencio acompanha aquele fim de tarde. olha em redor e repara mais uma vez no tronco torto e seco que teima em nao cair, na arvore que faz de abrigo áquele momento, nas folhas estaladiças que desaparecem com um sopro. nada mudou, o rio continua ali, o sol continua a despedir se no mesmo sitio. o sossego é o que mais a encanta ali. nao quer que ninguem a veja, foge do mundo como se este fosse o pior inimigo que se possa ter. aconchega o cachecol e o gorro, o frio entranha se por uma qualquer vista à pele. suspira e pergunta à arvore se quer ser o seu abrigo, ao rio se o pode acompanhar e ao sol se pode se esconder com ele. nao tem resposta. talvez nao queira sequer ouvir. talvez apenas queira ficar ali ate nao enxergar mais nada. ja fez tantas perguntas às quais so ouviu um silencio que mais nada lhe importa neste momento. fuma um cigarro enquanto pensa no proximo passo. o monotonia invadiu lhe a vida sem pedir licença e ela aceitou a sem pestanejar. sabe que alguma coisa tem que ser feita, um passo em falso fará o seu mundo ruir. mundo que tem as paredes podres e prestes a ruir. nao se importa, ja sofreu tanto nele, ja se magoou tanto que pouco lhe importa o que lhe possa a contecer. nao quer voltar ao mundo onde sempre viveu, tem vontade de criar uma bola de sabão e viver nela sempre. à prova de tudo, de desilusoes, de tristezas de mágoas e ate de sonhos, porque se por um lado comandam a vida, depressa nos desanimam. sabe que nunca será suficientemente boa para alguem por mais que faça por o merecer. levanta se com a vontade de ficar, sabe que vai voltar para o mesmo, fazer, ouvir, dizer as mesmas coisas. as expectativas que carrega de alguem sao demasiado altas. so quer estar ali, num sitio so dela, onde so vê quem quer e so ouve o que lhe apetece. . talvez queira ficar e enfrentar ou ficar e habituar se. de qualquer maneira a tristeza que se entranhou nas suas veias nao desaparece. nao tem a minima vontade de sair daquele banco e encarar alguma coisa, se ao menos tivesse razões para querer sorrir. so quer o que nao tem tido.. paz.. so pede o que está ao seu alcance, so quer que a compreendam e nao a critiquem...
aperta o casaco.. está na hora de voltar ao mundo real. àquele sitio diz baixinho um meigo... ate amanha...


ps: eu digo um... ate breve...

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nao estou com o minimo "espirito natalicio". Não fossem as luzes a piscar nas casas, ou a publicidade à grande na tv, nao me lembraria o natal, ou talvez nao queira lembrar, porque sei que este vai ser triste. vai estar um espaço vazio à mesa, a falta de uma voz a preencher um ambiente sem querer terminar, um sussuro de alguem em tom de brincadeira " ja está com os copitos, ja ta a falar muito",e um outro alguem a responder " como se fosse preciso muito pa ela falar", um olhar de orgulho dos netos, um sorriso, uma queixa da vida ou de dinheiro, um nao querer mais ( mas a querer dizer sim).
Embora nao estejas presente em corpo avó, e embora nunca tenha sido crente de almas presentes, sei que a tua vai estar naquela noite de consoada e naquele dia de natal.
tenho saudades tuas. continuam a vir à minha cabeça imagens tuas, momentos finais da tua despedida. a dor bate me á janela e eu deixo a entrar, ainda nao consegui dizer lhe um nao, ainda nao consegui afastar me dela.
Tenho saudades da tua expressão quando te "pregava sustos" e tu rias que nem uma perdida lembras te? saudades das tuas fatias douradas e da tua insistência em que comesse mesmo dizendo mil vezes que nao tinha fome. ali estavam, no prato azul em cima da mesa redonda tapadinhas à espera que alguem chegasse. do copo amarelo e da barrica de água em cima do banco
tenho saudades de tudo, ate do teu mau feitio, dos teus ciumes. chegava a achar graça às tuas queixas porque nao mudavam nunca. tenho saudades até de me acordares de um sono tao bom, so para me perguntares se o pai vinha almoçar e da tipica frase " deixa te estar deitadinha que ta frio na rua".
Aqui em casa nao se fala muito da tua ausencia, da tua despedida. Cada um lida com a dor e a saudade de maneira diferente mas com a certeza de que todos te amamos.
envio te um grande beijinho levando muita saudade dentro...
amo te avó

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estou numa fase de " nao vale a pena"...
de quê?
tanta coisa....

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